sexta-feira, 25 de julho de 2008

Coisas de Brinquedos...

No campo, eram as fisgas ou atiradeiras, feitas com um Y de ramo de árvore, elásticos de câmara-de-ar de pneu e um rectângulo de sola ou coiro. Projéctil: um seixo rolado de rio.

Havia também quem fizesse arco e flecha de varetas de chapéu-de-chuva e um barbante, e quem furasse a perna à irmã...

Havia ainda a pequena pistola feita com meia mola de roupa, de madeira.
Tudo artesanal e a custo zero, nada de pistolas de raios cósmicos e espadas de laser, cheias de pilhas de volte e meio.

Ainda sou do tempo dos carrinhos de rolamentos de esferas. Com o rodado dianteiro articulado, manejado por dois barbantes, e travões de sola (de sapato)... antecessores dos karts.

Não havia muito dinheiro para comprar brinquedos, por isso improvisava-se. Aquelas canas verdes, de folhas cortantes... o que se podia fazer com elas, Sued.

A malta de agora nem sabe o que perdeu... a chicha de trapos, a taramela movida pelo vento, as caricas com lastro de casca de laranja ou cera de vela, os bilas de pedra e vidro injectado, os piões de madeira clara e ponta de prego grande, o chinquilho, o eixo, o arco de empurrão, o tim-tim, a bicla pasteleira do pai ou tio...

Babo-me de gozo...

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